Segundo a própria comunidade da vila, este boi existe a mais de 70 anos. Este também é um registro especial, pois a brincadeira não se realizava a mais de um ano e meio. Organizou-se uma pequena brincadeira para este registro do Selo Mundo Melhor na casa de seu Loló, que é, além de Amo do Boi Campineiro, líder do Bambaê do Rosário desde que Seu Procópio, pessoa muito importante na comunidade, se afastou por motivos de saúde.
Esse boi possui uma característica especial: a ausência de tambores. Esta particularidade é intrigante, pois esta comunidade costuma usar os tambores em todas as outras manifestações com instrumentos, o que é certamente um reflexo de suas origens de quilombo. Nos pareceu fortemente provável uma influência indígena nessa brincadeira, graças a uma possível convivência entre índios e negros no Quilombo do Mola. Assim como as outras manifestações musicais, aqui também é presente a polifonia vocal. O repertório deste boi é próprio e em nada nos lembra o Boi do Maranhão e verificamos a presença do Auto da Matança do Boi com todos os personagens da brincadeira.